domingo, 27 de agosto de 2017

Cordel cinestésico

No jardim da convivência
Somos todos jardineiros
Quem cultiva a paciência
Escreve versos faceiros

A sonhada solidariedade
Vem do amigo verdadeiro
Só acontece na maturidade
Pois o amigo nessa idade é ligeiro

Ligeiro no palavreado
Sabe da real necessidade
Do amigo que está do lado
E discorre  sobre a amizade

Minha flor favorita
Nesse jardim da verdade
Gira... gira e gravita
Em prol da felicidade

Sou jardineiro poético
Gosto de rimas fazer
E um cordel cinestésico
Escrevi pra te oferecer
(Gracita)

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Geometria apalavrada

Quatro amigos muito unidos
Não se desgrudavam por nada
Iam juntos para a escola
Depois de uma noite na balada
Dançavam até de madrugada
Numa boate mal iluminada

Na escola sofriam com os gritos
Da meninada em grande algazarra
Um pega daqui, outro puxa dali
E a tesoura afiada cortava uma gambiarra
A professora nervosa dava o alerta final
Vocês parecem cigarras fazendo na árvore mamparra

Quadrado, retângulo, triângulo e círculo
Pedaços coloridos voavam pra qualquer lado
E o clact, clact da tesoura ia as formas recortando
O menino atarantado de qualquer jeito havia colado
Umas de frente, outras de lado, e tinha outras inclinadas
No final um mosaico geométrico displicentemente articulado
(Gracita)

Este poema foi escrito na modalidade "Sextilha"