quinta-feira, 30 de setembro de 2021
O corvo e a raposa - fábula em cordel
quarta-feira, 29 de setembro de 2021
O cão e a carne - Fábula em cordel
sexta-feira, 24 de setembro de 2021
O galo e a pérola - Fábula em cordel
Passeava no terreiro
ciscava a graminha
Era um galo aventureiro
Procurava comida
pra levar ao galinheiro
A família ele precisava alimentar
Comida esperava encontrar
Nessa busca era urgente se concentrar
Em busca do grão dourado
Ele ciscava com fúria querendo o chão adentrar
Encostadinho na cerca branquinha
um ninho abandonado foi bisbilhotar
E dentro do ninho seco
Uma joia ele viu brilhar
Observou-a com cuidado e disse: - Não serve!
Acabo de constatar...Para mim não é salutar.
segunda-feira, 23 de agosto de 2021
Folclore, o que é? - Poema em cordel
Você sabe o que é folclore?
Vou lhe dar uma explicação
São lendas que vem do povo
São nascidas no coração
Fazem parte da nossa cultura
Essas lendas compõem nossa tradição
Lendas... muitas lendas do nosso folclore
Tem Iara, Saci Pererê. Tem a Cuca e o Boto Rosa
Curupira, Lobisomem e também a vitória régia
Essas lendas brasileiras são muito graciosas
Nas escolas são lidas e apreciadas
Essas lendas tão singulares e formosas
Mas se engana quem pensa que folclore
São apenas as lendas. Tem cantiga
Brincadeira, advinhas de montão
Tem versinho para a vizinha amiga
Comadres se reúnem para a festa fazer
Preparam receitas para acalmar o ronco da barriga
lavam roupas nas águas cristalinas dos rios
colocam para secar nos varais da rapariga
Os ditados populares
Mostram o que o povo sente
Quem não tem cão, caça com gato
Olho por olho, dente por dente
Roupa suja se lava em casa
Assim diz o povo que não mente
Minha Terra tem de tudo
Tem angu, tem mungunzá
Tem carne seca, tem rapadura
Tem caruru, moqueca e vatapá
Tem cocada, pé de moleque
E para amansar a goela tem o guaraná
domingo, 1 de agosto de 2021
A lebre e a tartaruga - Fábula em cordel
sábado, 10 de julho de 2021
A raposa e as uvas - Fábula em cordel
em busca de comida para a fome saciar
Num vinhedo enorme ela viu parreiras
Carregadas de uvas para enfim se fartar
A safra tinha sido generosa
E a gulosa raposa ia se lambuzar
Deliciada com a visão das uvas maduras
Lambeu os beiços com gula
Ficou decepcionada pois as uvas estavam muito altas
A raposa olhava as uvas, incrédula
Diante da impossibilidade de saboreá-las
Saiu cabisbaixa , sentindo-se minúscula
A raposa foi embora sem se fartar
Atrevida desdenhou da fruta
Quem quiser pode levar
Estas uvas são ruins como araruta
Se alguém me desse cachos de uva
Eu iria desprezar. Sou raposa astuta
domingo, 4 de julho de 2021
O Patinho feio em cordel
onde fazer o seu esmerado ninho
Perto do rio, embaixo de uma árvore
protegido dos invasores malvadinhos
Botou os ovos na folhagem seca
para que eles ficassem bem quentinhos
Luas e mais luas se passaram
Ouviu-se um estalinho suave
Os ovos da dona pata começaram
a rachar e deles lindas aves
deram os seus primeiros passos
Desajeitados como se chutasse bola na trave
Dona pata olhava preocupada o ovo maior
Nem sinal que ele como os outros iria rachar
De repente um croc... croc e do enorme ovo
Saiu um patinho diferente, feio de amargar
Dona pata leva os patinhos para a aula de natação
E o patinho desajeitado e diferente começa a estrebuchar
Risos e mais risos vindos do lago
os patinhos contorciam-se pelo infortúnio do irmão
Mamãe pata sai apressada para acudir o molengão
E o patinho feio envergonhado com o vexame
Deitou-se na grama verdinha e chorou estatelado no chão
Chateado e sem apoio o patinho feio foi embora
Fugiu para uma distante fazenda onde ninguém o conhecia
Todos olhavam penalizados mas ninguém o criticava
O que ele realmente precisava era de empatia
Com a autoestima esfacelada o patinho
fugiu apavorado buscando fortalecer a resiliência
O sol escaldante deixou o patinho acalorado
Na lagoa formosa resolver tomar um banho gelado
Distraído nem percebeu que o olhavam com admiração
Saiu da água apressado e refugiou-se no descampado
Ouviu um grasnado elegante... Veja como é belo o seu reflexo!
Olhou e viu um belo cisne refletido nas águas daquele lago enevoado
(Gracita)
domingo, 27 de junho de 2021
O arraiá dendicasa aconteceu
sexta-feira, 11 de junho de 2021
Arraiá dendi casa
sábado, 22 de maio de 2021
O Brasil versado em cordel - Amazonas
Amazonas
Amazonas da Região Norte do Brasil
Terra de rica biodiversidade
fauna e flora em ecossistemas distintos
Tua beleza revela ambiguidade
para os olhares ávidos e sedentos
que viajam em busca da diversidade
Lindas cidades o estado Amazonas tem
Na cidade de Borba tem o Balneário do Lira
tem parques, igarapés e estrutura de lazer
Nas praças tem capoeira! Super gira.
pra se dançar e articular o esqueleto
tem matuto caipira e isso não é mentira
Passeando pelo lindo estado do Amazonas
Não apreciar o encontro dos rios, verdadeiro pecado
Rio Negro e Solimões correm muitos quilômetros lado a lado
Suas águas se
misturam, ganham tom acastanhado
Num passeio de canoa répteis nadam alvoroçados
Fogem ligeiros e apavorados para não serem apanhados
São Gabriel da Cachoeira é um município peculiar
Possui belas cachoeiras e praias fluviais
A reserva dos Seis Lagos tem famosos espelhos d'água
Lá do Pico da Neblina se vê os mananciais
Tem o famoso Morro da Esperança e
A Serra Bela Adormecida com suas águas azuis reais
(Gracita)
quarta-feira, 12 de maio de 2021
Cordel - A briga dos brinquedos
Do baú de brinquedos
Eu ouvi um burburinho
Parecia uma conversa
Aproximei de mansinho
Apoiei o meu ouvido
Na tampa do bauzinho
Abri uma pequena fresta
Eu queria mesmo descobrir
O motivo do burburinho
Queria ver e ouvir
O que estava acontecendo
A tampa do baú vou abrir
Grande surpresa eu tive
Lá dentro a maior confusão
Uns gritavam, outros riam
Na maior agitação
Uma briga se formou
No meio daquela perturbação
O Mané Cheiroso rodopiava
Fazendo muitas estripulias
Sou mestre da acrobacia
No circo muita gente me aplaudia
Se eu quiser posso ser atleta
Só se for no beco da magia
O pião sempre tão calado disse
Eu sou grande equilibrista
Giro, rodopio e não caio
Não quero que você insista
Deste baú de brinquedos
Eu sou o verdadeiro artista
A peteca enciumada emendou
Eu sou muito mais
divertida
Giro e faço um arco íris no ar
Tenho penas lindas e coloridas
Não me canso de brincar
Tenho notoriedade merecida
Para acabar com a confusão
Veio o cata vento sabichão
Com ares de chefe mandão
Foi falando de sopetão
Neste baú de brinquedos
Vamos viver como irmãos
E para arrematar a desunião
Veio a bola desaforada
Chega dessa fala
babada
Chegou a dona intrometida
Para rir da nossa cara
Ô dona malvada!
Escrevinhado por Gracita