domingo, 16 de julho de 2023

Reescrita da fábula "A lebre e o cágado" - sem a vogal U

 

Na mata “Cara Lavada” moram uma altiva lebre e um cágado moleirão.

                Certo dia a lebre sai da toca e no caminho encontra o cágado displicentemente tomando sol na beira do rio.

                Ela aproveita o encontro e diz:

                _Ei amigo cágado, aceitar participar da maratona?

                _ Maratona? É a corrida do ano?

                _ Sim. Dessa vez será só nós dois

                _ Domingo estarei lá.

                O sol brilhava espalhando os raios brilhantes pela clareira.

                Os corredores se posicionam na linha esperando a ordem para partir.

                O estampido do tambor indicava o momento de partir.

                A lebre em disparada corria como se fosse desvairada e o cágado caminhava lentamente sem se afobar.

                Bem mais tarde a lebre tentava ver a que distância o cágado estava. Percebendo que se encontrava em larga vantagem foi descansar sob a sombra de uma frondosa árvore.

                E o cágado avançava sempre em marcha lenta. Ao passar pela árvore pode observar a lebre dormindo sossegada. Depois de longas horas a lebre acordava e lá na frente ela pôde ver o cágado bem próximo da linha de chegada.

                Tentando alcançá-lo a lebre se dispôs a correr. Debalde foi o seu esforço pois logo após a derradeira volta ela via com tristeza o cágado atravessar a linha de chegada.

                E o pior foi perceber os risinhos de zombaria dos amigos.

                É amiga lebre, não se pode desdenhar da capacidade do semelhante.

                Todos são vencedores! Só é preciso perseverar para alcançar o propósito almejado.

                Depois desse fatídico vexame a lebre recolhera-se à  toca para chorar a dolorosa derrota.

(Gracita Fraga)