Na mata “Cara Lavada” moram uma altiva lebre e um cágado
moleirão.
Certo
dia a lebre sai da toca e no caminho encontra o cágado displicentemente tomando
sol na beira do rio.
Ela
aproveita o encontro e diz:
_Ei
amigo cágado, aceitar participar da maratona?
_ Maratona?
É a corrida do ano?
_ Sim.
Dessa vez será só nós dois
_
Domingo estarei lá.
O sol
brilhava espalhando os raios brilhantes pela clareira.
Os
corredores se posicionam na linha esperando a ordem para partir.
O
estampido do tambor indicava o momento de partir.
A lebre
em disparada corria como se fosse desvairada e o cágado caminhava lentamente
sem se afobar.
Bem
mais tarde a lebre tentava ver a que distância o cágado estava. Percebendo que
se encontrava em larga vantagem foi descansar sob a sombra de uma frondosa
árvore.
E o
cágado avançava sempre em marcha lenta. Ao passar pela árvore pode observar a
lebre dormindo sossegada. Depois de longas horas a lebre acordava e lá na
frente ela pôde ver o cágado bem próximo da linha de chegada.
Tentando
alcançá-lo a lebre se dispôs a correr. Debalde foi o seu esforço pois logo após
a derradeira volta ela via com tristeza o cágado atravessar a linha de chegada.
E o
pior foi perceber os risinhos de zombaria dos amigos.
É amiga
lebre, não se pode desdenhar da capacidade do semelhante.
Todos
são vencedores! Só é preciso perseverar para alcançar o propósito almejado.
Depois
desse fatídico vexame a lebre recolhera-se à toca para chorar a dolorosa derrota.
(Gracita Fraga)